O Rinjani é um vulcão ativo e o segundo mais alto da Indonésia. Seu pico atinge 3726 m e sua última erupção ocorreu em 2016. Está situado na província de Sonda, mais precisamente na ilha de Lombok, e faz parte do Anel de Fogo do Pacífico.
O Rinjani é conhecido pela sua erupção recente, por sua altitude, pelo lago existente no cume e pelo cone crescente chamado Barujari (outro vulcão) dentro da sua cratera.
Para conhecer essa opulência natural, o ideal é chegar na região pelos aeroportos de Lombok (LOP) ou Bali (DPS). Para os que chegam em Bali, o melhor é ir de speed boat do porto de Padang Bay em Bali para o porto de Bangsal em Lombok.
Veja no mapa abaixo as ilhas da Indonésia da esquerda para a direita: leste da ilha de Java, Bali, Lombok e oeste da ilha de Sumbawa.

O trekking para subir o Rinjani é normalmente feito em pacotes de 2 dias e 1 noite (2D/1N) ou três dias e duas noites (3D/2N), apesar de haver também passeios mais longos.
As duas vilas na base do vulcão de onde partem e terminam as trilhas são chamadas Senaru e Sembalun. Os roteiros são feitos basicamente para apreciar dois mirantes: o do topo do Rinjani e o da borda da cratera (crater rim).
Para quem tem pouco tempo disponível, recomendo o tour da crater rim de 2D/1N, que não vai ao pico, mas aprecia a melhor vista (minha opinião). Para os que tem apetite para trilha e tempo disponível, recomendo 3D/2N para visitar os dois pontos e aproveitar o máximo do parque.

Fiz o roteiro da borda da cratera e fiquei bastante satisfeito. Após dormir em Senaru, acordei às 6:30 am para tomar café da manhã na homestay da agência de turismo e o grupo foi levado até o início da trilha.
O grupo sobe com um guia e vários carregadores de tenda e mantimentos. É prevista uma pausa de descanso entre o início da trilha e o almoço, mas ela não é obrigatória. A parte do grupo que quer seguir continua e espera o todo no ponto de almoço.
A equipe da agência de turismo prepara o almoço, tudo muito simples, afinal é trilha e o importante é se alimentar. Em geral espere os locais ou nasi goreng ou mie goreng (que são os pratos locais mais comuns, arroz ou macarrão frito com legumes).

A altitude do início é de 650 m. Começamos tarde devido ao atraso do grupo, mas isso não atrapalhou nossa subida. Tomei cerca de 5 h para subir até 2650 m de altitude, mas isso porque o grupo tinha uma parada prevista para almoço.

O tempo líquido (descontando as paradas) foi de quase 4 h de trilha para a distância de 10 km de trilha e ganho de elevação de 2000 m.
Percebam o caminho da trilha em si neste mapinha que o Strava disponibiliza. Checando o treino nele, você pode ver a vista de satélite, usar o zoom e ver a escala. Checar treino no Strava!

É chegando na borda da cratera que se descobre o ponto mais famoso do parque. Após todo o esforço vem a recompensa de ter conseguido somada à contemplação abaixo.

A diferença para o roteiro de 3D/2N é que no segundo dia se desce até o lago e se faz a trilha até o outro acampamento para subir a topo do Rinjani. O topo está escondido na foto atrás das nuvens ao lado esquerdo.
Após a montagem do acampamento, é hora de descansar trocando as roupas suadas por roupas secas, e apreciar o por do sol enquanto a equipe da agência faz o jantar. Aqui relembro mais uma vez que está longe de ser banquete, é simples demais, pois o importante é se esquentar e ingerir calorias! A janta foi mie goreng (praticamente miojo com caldo), com verduras cozidas e chá quente.

A noite na borda da cratera é bastante fria, e apesar de não ter termômetro comigo, o consenso dos guias do grupo era de que a temperatura estava por volta de 5-8 graus Celcius.
Ao acordar é possível ver as Gili Islands, pois as nuvens estão baixas. O café da manhã é preparado e os grupos que fazem os tours diferentes se separam. Os de três dias e duas noites 3D/2N seguem o roteiro de descer até o lago, e os de dois dias e uma noite iniciam a descida para Senaru.

A descida nos tomou umas 2,5-3 h líquidas (sem contar paradas). Geralmente as descidas são mais rápidas que as subidas, mas eu as considero mais perigosas. Isto porque o esforço que os joelhos e tornozelos fazem é bem maior na necessidade de se equilibrar para não escorregar e ir ladeira abaixo. A dificuldade da subida normalmente é só a capacidade respiratória, energética e psicológica, mas não apresenta o risco de contusão que a descida implica.
Chegamos em Senaru por volta de meio dia e terminamos o passeio trilha satisfeitos de ter escolhido somente o de 2D/1N, pois o tempo da viagem estava curto. Ah, uma pessoa do grupo que ia fazer o passeio de 3D/2N desistiu e voltou conosco! Depois de passar frio de noite e estar cansado demais do 1o dia, desistiu de fazer mais um dia extra, hahaha… E aí, estão preparados!?
Ps.: minha especialidade está longe de ser a de tirar fotos, e muito menos de colocar filtros para deixá-las bonitas… beleza?! É o que tenho por hoje!
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